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O síndrome do impostor


(Imagem de Pedro Botelho no Pexels)


O síndrome do impostor, é um fenómeno no qual pessoas capacitadas sofrem de uma inferioridade ilusória e acham que não o são, subestimando as próprias habilidades e chegando a acreditar que outros indivíduos menos capazes são tão ou mais capazes do que elas.


Não importa o nível de sucesso que alcançam na sua área de estudo ou trabalho, ou quaisquer que sejam as provas externas das suas competências, pois, essas pessoas permanecem convencidas de que não merecem o sucesso alcançado e que de facto são umas fraudes, daí também ser conhecido por síndrome da fraude.

As pessoas que sofrem desta síndrome atribuem o sucesso de suas conquistas a fatores como sorte, ajuda de terceiros, momentos oportunos, conexões, carisma ou a uma crença que a própria inteligência e habilidades foram sobrestimadas e não possuem relação com o seu esforço pessoal.


De acordo com estudos da Universidade Dominicana da Califórnia, 70% das pessoas consideradas “bem-sucedidas” apresentam sintomas ligados ao síndrome do impostor.


Atinge indivíduos inteligentes e bem-sucedidos.


Personalidades mundialmente conhecidas com o Tom Hanks, Emma Watson e Michelle Obama admitiram que já sofreram com esse transtorno.


As pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas,

e as idiotas estão cheias de certezas.

(Bertrand Russell)

A síndrome do impostor normalmente é transitória, é mais comum aparecer em profissionais com atividades que exigem alto desempenho como atletas, cargos de liderança, pessoas que acabaram de ser promovidas, áreas de vendas e empreendedores. Normalmente afeta mais as mulheres.


O síndrome do impostor é caracterizado por pessoas que têm tendência à auto-sabotagem. Costuma atingir as pessoas mais inseguras e que internalizam críticas e falhas.


Então, essa pessoa constrói, dentro da cabeça dela, uma percepção de si mesma de incompetência ou insuficiência, envolvendo uma gama de sentimentos vindos de uma baixa autoestima e insegurança.


Pode prejudicar profissionais dentro do seu ambiente de trabalho.

Um indivíduo pode ter todas as competências técnicas para assumir um cargo, mas, por acreditar que não o merece ou não vai dar conta do recado, começa de forma inconsciente a criar ações de auto-sabotagem.


A situação oposta é outro fenómeno psíquico chamado de efeito Dunning-Kruger.

Esse fenómeno é caracterizado pela superioridade ilusória, em que indivíduos pouco capacitados ou com baixo nível de conhecimento sobre determinado assunto, se acham-superiores aos outros. A sua própria incompetência, aliada à arrogância, toldam a sua visão sobre as próprias capacidades.


Aposto que também conhece este indivíduo!


Sendo o mundo da imobiliária altamente competitivo, cria ambientes de trabalho mais propensos a causar síndrome do impostor.


Por isso esteja atento e viva os êxitos dos colegas de forma saudável e não numa concorrência desenfreada que só lhe causa ansiedade e insegurança.

Se a concorrência não for saudável, pode de modo inconsciente ter tendência a se sabotar ou a se anular dentro da sua equipa e até a se auto-excluir ou afastar do grupo para evitar críticas ou por ter medo de ser desmascarado. Pode ter tendência a se anular, ou sujeitar-se por baixa auto-estima, a situações humilhantes e ser vítima de colegas tóxicos.

Quando o contrário acontece e são enaltecidos, têm tendência a desvalorizarem o elogio ou as suas próprias capacidades, com tendência a desacreditar as suas próprias conquistas.


Isto acontece muito pela constante comparação. O impostor acha sempre que os outros são melhores e busca desenfreadamente a perfeição impossível ou até irrealista.


O facto de a pessoa achar que nunca é boa o suficiente em relação aos outros, gera muita angústia e insatisfação.


O perfeccionismo e o excesso de trabalho são utilizados para ajudar a justificar o desempenho, mas causam muita ansiedade e esgotamento.


Atenção que errar é humano!



Pode ter um efeito nefasto na produtividade, pois, pode levar à procrastinação por se sentir inseguro em executar determinadas tarefas e simplesmente adiar ou não as chegar a fazer, até porque tem receio de ser julgado pelas outras pessoas.


A neuropsicóloga Keli Rodrigues apresenta 4 maneiras de reduzir o problema:

  1. verificar se os maus pensamentos sobre si podem ser comprovados;

  2. avaliar o próprio trabalho com um olhar técnico e externo;

  3. fazer uma pesquisa de satisfação com os seus clientes ou chefes; e

  4. pedir feedback às pessoas que tenham contato com o seu trabalho.

A nível pessoal, deve adoptar algumas atitudes que podem ajudar a controlar os sintomas desta síndrome, tais como:

  • Ter um mentor, ou alguém mais experiente e confiável a quem possa pedir opiniões e conselhos sinceros;

  • Compartilhar as inquietações ou angústias com um amigo;

  • Aceitar os próprios defeitos e qualidades e evitar comparar-se aos outros;

  • Respeitar as próprias limitações, não estabelecendo metas inalcançáveis ou compromissos que não possam ser cumpridos;

  • Aceitar que as falhas acontecem a qualquer pessoa e procurar aprender com elas;

  • Ter um trabalho de que goste, proporcionando motivação e satisfação.

  • Realizar atividades capazes de aliviar o stress e a ansiedade, que melhorem a auto-estima e promovam auto-conhecimento.

De certeza que não é incompetente.

Pode ter falhas e a sua consciência é excelente para as corrigir e melhorar.

Não se subestime.

A autoconfiança saudável traz sucesso.

Acredite em si!

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