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És muito picuinhas com a língua portuguesa? Sou!

Irritam-me erros de português como, por exemplo, em vez de há (com h), escreverem  “á” sem h, quando estão a querer dizer que existe algo, portanto, o que se usa é o verbo haver. Ou, além

disso dizerem que na cozinha há uma dispensa, em vez de corretamente escreverem despensa porque se estāo a referir a uma zona de armazenagem na cozinha e não a querer dispensar a presença de alguém!

E é cozinha e não cosinha, certo? Porquê? Porque estamos a falar do local para cozer alimentos e não coser (com S e linha) de costurar.

Hádem, em vez de hão de ou hades, em vez de hás de. Tambem são erros comuns!

Escreverem cumprimento (de saudação) em vez de comprimento (de medida) e por aí fora.


Quando estamos a descrever um imóvel (descrição e não discrição que significa ser discreto) devemos ser corretos e ter atenção às palavras que usamos, pois, estamos a ser lidos por muito público, o nosso cliente e os que queremos que sejam.


Como poderemos passar boa imagem e profissional, se nem sequer sabemos escrever?


O meu conselho (de aconselhar) e não concelho (de divisão administrativa de um distrito) é:


Quando tiverem dúvidas, substituam a palavra por outra similar, com o mesmo significado e que vos deixe tranquilos que não estão a escrever mal ou, então, vão ao Dr. Google e perguntem como devem escrever corretamente e qual a diferença de usar uma letra ou outra, se devem colocar acento (e não assento, de se sentar) e qual (se grave ou agudo), ou quando deverão empregar um termo ou outro.


Ou seja escrevam como deve ser (e não como deve de ser - outro erro muito comum)!


Felizmente tive o privilégio (e não previlégio, como também já li) de ter uma boa educação e excelentes professoras de Português e sempre gostei muito de ler (o que ajuda muito a desenvolver o vocabulário e a escrita). Por isso, estou atenta ao que escrevo e digo, evitando cair no ridículo e no extremo, até de perder um negócio!

Também dou erros... e infelizmente com o novo acordo ortográfico a que sou um pouco resistente, tenho muitas dúvidas e não cumpro com tudo, porque a omissão de uma letra pode mudar tudo, veja-se o exemplo de fato e facto. É uma factualidade de que o "c" faz toda a diferença, pelo menos no português de Portugal!


Tenho pena que cada vez se escreva e fale pior e que seja um tema até desvalorizado por muitos, com um encolher de ombros ou, até com

ofensa, por se ser corrigido. Quando talvez a humildade e melhorar fosse uma atitude mais inteligente.


Ficam com mal-estar (e não mau-estar). Pois eu também!


Por isso, para o bem-estar de todos, devemos rever uma descrição antes de a publicar!


Contudo, estamos a cair em exageros com esta coisa da mania do feminismo (e não femeninismo), do racismo, da não homofobia e outros complexos da actualidade, caindo-se em extremos de um gourmet literário, ridículo, cacafónico e de aumento galopante da iletracia que se repercute em falhas na comunicação, em mal-entendidos e até em rotulagens de determinadas figuras públicas que se esforçam por falar incorretamente para serem acolhidas e não serem rotuladas disto ou daquilo , evitando a chacina pública (de ignorantes, machistas ou homofóbicos), tornando-se ridículos ou redundantes ao se nivelarem à ignorância dos seus ouvintes ou eleitores!


Não sou uma velha jarreta que falo Camoniano. Eu uso abreviaturas como "tb" em vez de também e emojis para substituir adjectivos ou expressões, mas, entre amigos, em sms no telemóvel. Na escrita informal.


Não banalizo, me descuido ou desvirtuo quando estou a ser profissional, avaliada e a transmitir uma mensagem que deve ser seria, correta e não prejudicar a leitura ou interpretação e levar a comentários menos abonatórios, dos leitores e até de colegas de profissão que estão ávidos de nos apanhar numa falha e exterminar.


Estes são apenas alguns exemplos, mas, alguns saem-se (não é saiem-se) com cada uma! Que é difícil não reparar e ridicularizar!


(Derivado desta constataçao. Não!!! Este é outro erro constante que arranha o ouvido de tanto se ouvir…, tal como numaros em vez de números). Porque complicamos o que já é realmente difícil e complexo?

Assim,

Devido a esta constatação diária, não posso deixar de passar este excerto (e não exerto ou enxerto) brasileiro, do ridículo e deste ciclo vicioso (e não círculo vicioso) em que estamos a entrar ou já entrámos no nosso discurso.


Assim, Portugueses (e não Portugueses e Portuguesas) tal como a Sra explica, a nossa língua deriva do latim e no português, o neutro latino, passou a masculino que é inclusivo do feminino (não femenino, como muitos escrevem) e não é uma questão de machismo, mas, sim, uma questão escrever ou falar bem Português!




Escreve e fala bem senão já foste!

E não: já fostes! (como muitos erradamente dizem)


E prontos! *

Fui!

Bom trabalho! 😊


Clarisse Macedo

(Consultora Imobiliária)

* claro que é pronto e não prontos!


A competência linguística, associada ao domínio da comunicação oral e escrita, assume, inequivocamente, um valor sociocultural relevante, promovendo cada vez mais aceitação, credibilidade e prestígio social.

Sandra Duarte Tavares, jornalista da revista Visão

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